Este grande filme e impressionante filme de Mel Gibson dá muito que pensar… agora já não consigo olhar aquelas pirâmides da mesma maneira. Sempre que as vejo, mesmo em pensamento, não consigo deixar de pensar nas pessoas que ali perderam a vida, não me refiro só às dos sacrifícios, mas também a todas aquelas que perderam a vida na sua construção, isto é, não consigo deixar de pensar no enorme sofrimento e sacrifício humanos e nas vidas perdidas, para se conseguir erguer tais construções, seja em nome de quem for… porque nada vale o sacrifício e a vida humana. E quando falo destas construções, situadas no lado de lá do oceano, poderia falar de outras, noutras partes do mundo. O custo, em termos humanos, não deve ter sido muito diferente. Para aquelas pessoas mais racionais, que se deslumbram com este tipo de construções, gostaria de deixar esta questão: que personagens do filme gostariam de ser, um daqueles simples e felizes seres, cuja vida se assemelhava ao paraíso, ou um daqueles acorrentados e escravizados? Eu, por mim, não tenho dúvidas…
Chega um dia em que temos de falar com os filhos adolescentes e tocar o tema do sentido da vida... o que faço aqui? Esta é uma questão difícil, para qualquer um... e a resposta uma grande responsabilidade. Deixamos os adolescentes descobrir por eles próprios, damos-lhes umas dicas, o que fazer? A esta pergunta, eu respondi da forma que me pareceu mais correcta, e que se coaduna com a minha forma de estar na vida. Nós vimos para este mundo com uma missão que é a de o deixarmos, quando morrermos, melhor do que o encontrámos, quando para cá viemos. Como podemos fazer isso? Primeiro, temos de nos tornar bons seres humanos. Temos de ser inteligentes e ver o que é melhor para nós e também para os outros, e é através dos nossos pensamentos, sentimentos e atitudes, que podemos contribuir para fazermos deste mundo um mundo melhor para o ser humano e também para todos os seres vivos que compartem o mesmo espaço que nós, ou seja, o próprio planeta Terra. E, se o que mostrarmos for genuíno, então teremos cumprido a nossa missão. Isto é, se o ser humano for coerente com aquilo que diz e pensa, se for bom, então teremos dado o nosso contributo para modificar a maneira de pensar, sentir e agir actuais, que imperam como uma ditadura, neste mundo, e poderemos morrer em paz. A terra será um bom lugar para se viver. Só assim a nossa vida terá feito sentido. Foi o que eu disse aos meus filhos...
Sempre defendi que o celibato dos padres deveria ser uma opção e não uma imposição. É mais justo tanto para o homem como para o padre que, antes de o ser, já era homem... Assim, aquele que quisesse optar pelo celibato, fá-lo-ia, e aquele que quisesse constituir família estaria à vontade para o fazer... Depois, já ouvi imensas histórias que corroboram largamente a minha ideia...
caros leitores,
o meu conto foi alargado, contudo não o poderei publicar aqui uma vez que o espaço não dá. Se o quiserem ler como está agora, terão de fazer o favor de se dirigirem a
http://rochedos.paginas.sapo.pt
http://penhascos.no.comunidades.net h
entre outros... e fiz também uma edição limitada do meu conto que ofereci a amigos e conhecidos que me pediram.
um abraço forte,
fátima nascimento
Nós, seres humanos, somos todos diferentes? Não sei se somos assim tanto... Contudo, e partindo desse princípio, toda a diferença é enriquecedora, desde que seja colocada ao serviço do Bem.
Quantas vezes, eu me senti impotente no trabalho que faço, quando há tanta miséria neste mundo. E é a esta que é urgente chegar. E quando a há, não sei se ela é utilizada da melhor maneira. Estou a lembrar-me do caso dos meninos-escravos da indústria indiana. Foram as famílias que os venderam, a troco de dinheiro. Agora, estavam a ser reintegrados nas respectivas famílias, cujas necessidades em nada devem ter mudado. O que será destes meninos, se as mentalidades e as necessidades são as mesmas que levaram a família a vendê-los? Isto faz lembrar a Europa no início da industrialização... onde os excessos eram mais que muitos. E agora, há que ter atenção ainda... a ganância continua viva e aguçada.
A solução para muitos dos nossos problemas passa por amar verdadeiramente as pessoas com as quais convivemos. É que, quando se ama verdadeiramente, deixa de se estranhar seja o que for e, o que é mais importante, deixa-se de ter medo... aprende-se a aceitar, a confiar e, instintivamente, cria-se um ambiente mais distendido e os outros aprenderão também a amar-nos. O amor é essencial à continuidade da raça humana. Não o digo só porque Jesus, grande "Filósofo", o disse, mas porque é verdade... Ah, e já agora, o que ele disse não é para pensar, é para pôr em prática. Se todos fizermos isso, o mundo será um sítio muito mais bonito para se viver. Um exemplo pequenino... Um dia, eu disse aos meus alunos: Vocês estão tramados comigo. Eu aprendi a gostar de vocês da forma como vocês são. E assim é. Coitados! Depois de tanto braço de ferro, foram conquistados, e eu também. E ainda bem que assim foi, para o bem de todos!
Em todas as gerações, há uma tradição que passa, muita dessa tradição é boa e, como tal, deve conservar-se, a outra parte, aquela que em nada nos ajuda a evoluir como seres humanos, deve esquecer-se, para conseguirmos construir um futuro melhor, para todos.
A inovação, se construirmos bons seres humanos, ela só trará bons frutos e, como tal, não precisamos de ter medo dela.
A mim, o que me mete medo, se é que realmente algo me mete medo, é fazer prevalecer os erros do passado, promovendo-os como se de um grande feito se tratasse.
O que é que é bom? Tudo quanto faz a felicidade de todo o ser humano... por igual.
Um dia destes passei pela minha antiga universidade e falei com o meu antigo professor de Latim I e II, e Estudos Camonianos. Ofereci-lhe um exemplar do meu conto e tivemos uma conversa, como sempre acontece, quando temos oportunidade para tal. Falámos um pouco de tudo, sobretudo de literatura, de autores portugueses, … Mas o que eu gostaria de destacar da conversa, é algo que ele disse e me fez pensar… Conseguir fama, significa que, daqui a muitos anos, as gerações vindouras irão falar de nós… ficaremos sempre ligados à história deste país. De facto, assim é. Alguns dos nossos escritores passaram de geração em geração, sobrevivendo ao esquecimento, agarrando-se a páginas teimosamente imortais… Agora, algum tempo depois desta conversa, lembrei-me de obras impressas de autores desconhecidos, com que me deparei, aqui há alguns anos, quando trabalhava numa biblioteca, e às quais dei uma vista de olhos, de relance, enquanto arrumava os livros nas prateleiras… os olhos prenderam-se, de imediato àquela leitura… era uma peça de teatro, entre várias daquele autor, que, embora interessantes, nunca conseguiram ver a luz da história descer sobre ela.
Hoje, olhando a grande quantidade e variedade de blogs existentes, deparo-me com muitas maneiras de ver e sentir o mundo, o que resulta, indubitavelmente, também numa variedade incrível de estilos… a minha questão é o que vai ser de todos eles, se algum dia, alguém, se vai dar ao trabalho de os ler e dar-lhes o verdadeiro mérito… ou se o que escrevem perdurará, para sempre, nos seus blogs, com os seus visitantes habituais e assíduos, como tertúlias neste gigantesco espaço ciberespacial... porque o conhecimento ou fama, muitas vezes, resulta de um golpe de sorte, alguém lê o que a pessoa escreveu, gostou e resolve apostar nessa pessoa… e tudo se desenrola naturalmente. É claro que o leitor é rei e dele dependerá sempre a escolha… mas, muitas vezes, o começo não passa mesmo de um golpe de sorte…
Hoje, aconteceu algo engraçado. Fui à praia e levei os meus três filhos. A mais nove tem 4 anos, vai fazer os cinco em Setembro. No final da tarde, estavamos todos a brincar quando a mais nova, amuada, se senta no chão e começa a escrever ao mesmo tempo que falava em voz alta. A mensagem era simples: O Bruno é parvo e vai para casa. No pedaço de areal alisado estavam desenhados três caracteres: Um meio círculo (O Bruno), cortado ao meio por um traço (é parvo) e e dois lados perpendiculares de um quadrado (vai para casa)... os irmãos e eu fixámos aqueles caracteres e aprendemos o que eles significam... De repente dei comigo a pensar: terá a escrita começado assim?
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